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quinta-feira, 16 de abril de 2015

Centro Infantil Boldrini é o exemplo que a humanização do tratamento faz a diferença
Fundando em 1978, este é o maior hospital especializado em câncer pediátrico da América Latina

Sílvia Brandalise, nome pouco conhecido, porém transforma vidas e com o essencial utilizando-se da humanização. O hospital que se encontra em Campinas começou com muita luta, mas o desejo de sua criadora de ajudar crianças, adolescentes e adultos jovens diagnosticados com câncer e doenças hematológicas. No início, Sílvia contava com um espaço reduzido, poucas macas e a família dos pacientes a pagavam com a doação de um móvel, uma cadeira, mesa entre outros materiais. Com o crescimento do hospital após a doação inicial de 1.500 m² de construção, pelo Instituto Robert Bosh do Brasil, que se tornara a pedra fundamental e o núcleo de desenvolvimento das atividades do Boldrini. A médica desde pequena sonhava com essa profissão e conta com algumas premiações. Sua paixão pela profissão e a forma como a exerce é com certeza o diferencial.

O hospital possui uma arquitetura diferenciada.
A importância de um tratamento humanizado é constatada no hospital, que possui altos índices de cura nos pacientes, equiparando-se a hospitais de outros países, o que causa espanto, pois em outros países como o Estados Unidos da América onde há uma melhor infraestrutura ter o mesmo nível que de um Brasileiro que não conta com todo esse aparato. Atualmente, há diversas parcerias incluindo países estrangeiros. Como descrito no próprio site da clínica sua missão é cuidar desses pacientes, através de atendimento médico e multiprofissional independentemente do nível socioeconômico, raça ou credo, bem como, desenvolver atividades de ensino e pesquisa. 
Após essa breve introdução, me pergunto como funciona a parte pedagógica nesse hospital? Que afirma ser uma de suas missões o desenvolvimento de atividades educacionais. Em seu próprio site há uma parte exclusiva para essa explicação, bem no link “Humanização”. O objetivo do trabalho desenvolvido pela Equipe Pedagógica do Centro Infantil Boldrini é assegurar o acompanhando da vida acadêmica dos pacientes, garatindo a integração escolar, contribuindo com o bem-estar do aluno/paciente, respeitando suas necessidades e especificidades. Compromissos acadêmicos como provas do ENEM e outros vestibulares são aplicados em parceira com outras instituições. Segundo hospital, anualmente mais de 2 mil pacientes realizam tais atividades.
A relevância do acompanhamento pedagógico-hospitalar promove a construção individual de uma estabilidade de vida, dando oportunidade a continuidade da escolaridade e a segurança do vínculo social, da aprendizagem e da ligação com a vida, visto que nesse momento tão delicado ficam um pouco abaladas e distanciadas. Com isso, esses pacientes mantém o elo com o mundo que ficou de fora do hospital na medida em que eles possam, como se não estivessem doentes, participar e aprender, desfrutando do direito básico ao desenvolvimento pleno, independentemente de suas dificuldades.
Atividades pedagógicas são essenciais para os pacientes.
A equipe pedagógica afirma que não se pode considerar apenas o aspecto clínico quando se tem uma criança em tratamento de doença grave ou crônica. A visão sobre ela deve ser de modo integral, uma vez que mesmo apresentando limitações decorrentes de sua situação especial de saúde, tem necessidades “que devem ser entendidas e atendidas”. Procurando minimizar os prejuízos escolares que possam decorrer do tratamento, muitas vezes longo, torna-se importante a integração da educação com os serviços de saúde “para que seja oferecido um atendimento integral de exercício à cidadania”.
Após a leitura desse texto que contou com o apoio do site do Centro Infantil Boldrini (http://www.boldrini.org.br/) podemos repensar como é importante a atuação do pedagogo no meio hospitalar. E que além de contribuir com a base acadêmica, muitas vezes ajuda na melhora do próprio paciente, pois está tendo contado com outros tipos de atividades e profissionais, saindo um pouco da realidade hospitalar sem sair de seu meio físico. Porém, não vemos muito isso acontecer na prática, desta forma precisamos lutar para mostrar o quanto importante é a sua atuação e seus benefícios para o paciente. Com esse exemplo de garra e determinação da Doutora Silvia Brandalise que nunca deixou de acreditar em uma forma diferente de tratar seus pacientes, mesmo não dispondo de verba inicialmente e contando com ajuda até hoje. Concluo assim, que a humanização é um grande passo para modificações imensas em nossa sociedade.

Segue abaixo alguns links que possam interessar nossos visitantes do blog:
Parte do site onde é abordada a Pedagogia:

Parte do site "Educar para viver"
http://www.boldrini.org.br/index.php/educar-viver/

Reportagem de 1994 da revista Superinteressante mostrando o início do hospital e contando um pouco da história da Doutora Silvia Brandalise:

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